fevereiro 03, 2010

Ser – Parte I

És. És tudo o que quiseres ser. És o calor no Inverno ou a frescura no Verão. És a cor na sombra ou a sombra na cor. És o café pela manhã ou o chá pela noite. És a balada ou o rock. És a água ou o shot. És a diversão ou o tédio. És a inconveniência ou o sentido de oportunidade. És a ilusão ou a realidade. És o reflexo ou a pessoa. Mas és. És tudo o que quiseres ser. És e serás.

Sou. Sou tudo o que quiseres que seja. Sou a liberdade ou a dependência. Sou o branco ou o preto. Sou a alegria ou a dor. Sou a expressão ou a apatia. Sou o constante ou o inconstante. Sou o querer ou o não querer. Sou a alma ou o corpo. Sou a vida ou a morte. Sou para ti ou para mim. Mas sou. Sou tudo o que quiseres que seja. Sou e serei.

Talvez um dia.

“Podias ter-me dito que ias sair da minha vida. (…) Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir. Demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer, sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem. Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina. Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. (...) Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires.”

Margarida R. Pinto

fevereiro 01, 2010

Sonhos

Ter um sonho, um sonho lindo,
Noite branda de luar,
Que se sonhasse a sorrir...
Que se sonhasse a chorar...

Ter um sonho, que nos fosse
A vida, a luz, o alento,
Que a sonhar beijasse doce
A nossa boca... um lamento...

Ser pra nós o guia, o norte
(...)

Florbela Espanca


Dedicado ao autor(a) do blog "A Incerteza de um sonho" ♥

Expressão.

Querer não é poder. Gostar não é amar. Partir não é voltar. Noite não é luar. Estar não é sentir. Escutar não é ouvir. Falar não é dizer. É nada dizer. Silêncio.

janeiro 31, 2010

E sonho.

E eu volto a sentir que tudo não passou de um sonho… Um sonho que guardarei a sete chaves com todas as minhas forças tal como esse teu sorriso… Para que eu não volte a pensar que poderia passar disso mesmo… um sonho.

Memórias.

Com o tempo, tudo se transforma numa memória. Numa memória daquilo que foi, em tempos, o nosso presente. E todos os sentimentos que nos ligam a ela vão lentamente desaparecendo, até não existirem mais. Começamos a dar-lhe cada vez menos importância, a esquecermo-nos do porquê de ainda conservarmos aquela lembrança, o porquê de ela ter sido, um dia, especial para nós. E aí rimo-nos de nós próprios por termos sido tão ingénuos, pondo de parte tudo aquilo que perdeu o valor sentimental e já não nos diz nada... E olhamos a diante, sem agradecer ao passado por sermos quem somos hoje e sem repararmos que a memória, lentamente, desapareceu do mundo sem se despedir de quem, um dia, a criou e se lembrou dela.