setembro 27, 2010

Experimentem ver as fotos de há 1 ou 2 anos atrás e vão perceber o que estou a dizer.

Dizem que é na adolescência que uma pessoa muda mais. Muda-se o corte de cabelo ou a cor porque está na moda, muda-se a forma de vestir conforme a idade, muda a expressão do rosto!, cresce-se mais uns centímetros (ainda que não cheguemos aos que queremos!), mudamos de feitio e começamos a perder a paciência facilmente, uns passam a ser aquilo a que a sociedade chama de “adultos irresponsáveis” e outros “adultos obcecados no trabalho”, mudam-se algumas amizades e outras ficam, … Enfim, muda muita coisa!

Mas agora façam como eu fiz antes de escrever este post: assim em jeito de curiosidade (ou de quem está a arrumar coisas, como eu!) vão ver as vossas fotos de há uns anos, a forma como escreviam, o feitio que tinham e a forma como pensavam!

Não é preciso de ser de há muitos anos! Basta de 1 ou 2.

Vão ver e surpreendam-se como eu, que em vez de estar a trabalhar para área de projecto vim aqui postar isto porque estou chocada com as mudanças que uma pessoa pode ter em tão pouco tempo e sem dar por isso.

OMG, nem quero pensar no que dirão os nossos avós se forem ver as deles xD

agosto 16, 2010

A vida mais curta.

Às vezes dou comigo a olhar para o vazio e a pensar como seria se apenas vivessemos as coisas uma vez. Se cada momentinho da nossa vida só existisse uma vez.
É certo que há coisas (poucas) que só acontecem uma vez mas são muitas mais as que se repetem.
Como seria a nossa vida se só dormissemos uma vez, se só comessemos uma vez, se só conversássemos uma vez, se só fossemos à escola uma vez, se só vissemos televisão uma vez... Cada coisa só era feita uma vez na vida. E, assim a nossa vida seria mais pequena. Teria para aí dois ou três dias. E estariam sempre a nascer bebés porque as pessoas em menos de uma semana deixavam de viver.
A vida iria parecer uma correria, mas no fundo não é já o que parece? Não ia ser muito diferente, à excepção de que só iríamos à escola uma vez.

A vida é estranha de qualquer das formas, mas, tudo se complicaria se só vivessemos cada momento uma vez.

julho 26, 2010

- estás aqui?
- estou.
- então vai-te embora xD


Cada vez mais acho que o mundo está perdido...

julho 25, 2010

devaneios. ♥

Are 3 AM. I can´t sleep.
I wanna see you one more time. I need to see you.
This is more than everything that I lived. This is everything.

I’m just passing for here and now I gotta go, but in my dreams you come with me. But you can’t and I know that 1400km are so much for us. So I wake up and I say: “Good bye, I love you”.

 
P.S.: I hope find you one day, somewhere. And I know that there, like a fairytale, we will be together and will say ‘lived happy forever’.

junho 20, 2010

"Mary queria tirar as botas, correr descalça pela areia, admirar as aves exóticas que os miravam das árvores, comprazer-se na nova liberdade."

Lesley Pearse, Nunca Me Esqueças

junho 12, 2010

Está uma pessoa descansadinha a entrar para uma aula de filosofia quando a senhora professora têm a bela ideia de dizer: "vamos receber os testes!".
E pronto, começa logo mal. É que ainda por cima a nota foi extremamente baixa! (15 valores)
Depois, para completar a aula perfeita, damos de caras com três cruzes numa pergunta e escrito "confusões!" e "incompleta" noutra.
Não bastava estar errado com uma cruz, tinha logo de ser com três! Como se fosse uma grande barbaridade o que lá estava escrito.
E a outra, não bastava ter "confusões" ou "incompleta", tinha logo de ter as duas! Até parece que as confusões são incompletas!

E para completar, foi gozo o resto da aula pelo colega do lado.

Este mundo já não é o que era.

E às vezes desejamos ser miúdos para sempre...

Tocar guitarra e cantar pelos corredores da escola com toda a gente a olhar, desafinar a guitarra do nosso parceiro com ele a dizer "eu vou-te bater", discutir com o colega do lado na aula de filosofia por causa de contas matemáticas, fazer figuras tristes em fotografias, gritar até que a voz nos falte nas aulas e ouvir raspanetes a seguir, dizer parvoíces que ninguém percebe (nem nós xD), passar vergonhas em jantares de turma, andar anos a estudar, etc.

E depois disto tudo, às vezes ainda desejamos ser miúdos para sempre!

Esta juventude está perdida!

maio 02, 2010



Gostar é, provavelmente, a melhor maneira de ter. Ter deve ser a pior maneira de gostar.

abril 24, 2010

É a revolta.

Era um dia de escola como tanto outros. O sol brilhava e o calor das tardes de Verão já se fazia sentir.
Maria estava a gozar o seu intervalo com os seus amigos, como era hábito. Até que um rapaz, João, se aproximou.
João pôs-se em frente a Maria e à sua melhor amiga, Glória, de tal forma que estas tiveram que se afastar para poderem respirar, tal era a proximidade. João apresentou-se e disse a Maria que uma amiga desta lhe tinha dado o seu número de telefone. Maria olhou para Glória com um ar espantado. Quem poderia ter dado o seu número a um rapaz que ela não conhecia, nunca tinha ouvido falar e sem lhe pedir autorização? Marta, chamava-se ela, segundo João. Mas Maria só conhecia duas Martas. Uma estava longe, tão longe que seria impossível ter estado ali; e a outra, a outra nem sequer tinha o número de Maria.
‘Talvez não seja o meu número’, pensou Maria, ‘se calhar João está enganado.’
Mas não estava. João mostrou-lhe o número e era, de facto era, era mesmo o de Maria. Mas como?
- Eu gostava de te conhecer melhor. Posso ficar com o número? – perguntou João.
Maria olhou para Glória e tentou pensar o mais rápido possível, mas nada lhe surgia. O que havia de fazer numa situação destas?
Foi então que balbuciou um tímido e receoso: está bem. E fez sinal a Glória para saírem dali.
Saíram. Maria contou a Glória que João tinha o seu número guardado no telemóvel com o nome de ‘Maria Boa’. Glória estava em choque e Maria, essa estava em pânico sem perceber o que se tinha passado. Mas o que a deixava ainda mais assustada era a pergunta: será que tinha tomado a atitude certa? Pois isso, só o tempo lhe diria.


Passaram dias sem nada acontecer. Nem uma mensagem. Nem um ‘olá’. Nada. Maria achava estranho mas começou a achar que talvez fosse uma brincadeira.
Até que começou. O pesadelo começou. As mensagens começaram e os cruzamentos ‘por acaso’ (pensava Maria) na escola sucederam-se…
Um dia uma amiga de Maria conheceu João e disse-lhe que este era perigoso. Que era obsessivo e que já tinha perseguido várias pessoas. Maria teria de se afastar ou seria a próxima vítima.
Com a ajuda de Glória, Maria tentava não se cruzar com João. Evitava sair das salas de aula, andar sozinha, passar por onde ele passava, e até fugia dele discretamente sempre que o via.
Mas Maria estava a ficar cansada. Não podia continuar a viver assim. E um dia não conseguiu fugir discretamente com a sua cúmplice, Glória, e ele apanhou-as. João insultou Maria. Fê-la sentir-se a pior pessoa, disse-lhe que deixava de lhe falar e foi-se embora. Maria não conseguia dizer nada. Se por um lado estava feliz por tudo ter acabado, por outro sentia-se mal e sentia que ainda estava tudo a começar.

 
Maria tal tantas outras raparigas nesse mundo, sentiu-se usada. Esse rapaz não queria conhecê-la, não queria saber da sua personalidade, dos seus sentimentos. Só lhe interessava o corpo de Maria.


É a revolta que me faz sentir assim, é a revolta.

 
(Nota: TODOS os nomes são fictícios. A história, essa terá a veracidade que lhe quiseres dar.)

abril 03, 2010

"Era um amor à Romeu, vindo de repente numa troca de olhares fatal e deslumbradora, uma dessas paixões que assaltam uma existência, a assolam como um furacão, arrancando a vontade, a razão, os respeitos humanos e esmpurrando-os de roldão aos abismos.”

Eça de Queirós

abril 02, 2010

Prometo.
Qualquer dia grito o teu nome.
Qualquer dia apanho o primeiro comboio e vou ter contigo.
Qualquer dia saio de casa à chuva e empoleiro-me na tua janela.
Qualquer dia fazemos um piquenique na praia e adormecemos ao pôr-do-sol.
Qualquer dia brinco contigo às escondidas.
Qualquer dia pago-te um gelado.
Qualquer dia digo-te o que nunca disse e faço o que nunca fiz.

Qualquer dia rapto-te e levo-te para o Pólo Norte. Prometo.
Qualquer dia, num igual a tantos outros.

abril 01, 2010

Ânsia.

Não sei o que é amar.

Não conheço esse verbo tantas vezes aplicado por tanta gente.

Não lhe conheço a cor ou o tamanho.

Não sei o seu apelido ou código postal.

Não sei falar dele, nem nunca lhe toquei.


Mas tenho saudades. Saudades do que não existiu, e dói bastante.
‘Hei-de ansear-te sempre, nem que por silêncios. Sentes?’
Contam que, uma vez, se reuniram os sentimentos e as qualidades/defeitos dos homens, num lugar da Terra.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, propôs-lhe:

LOUCURA – Vamos brincar às escondidas?

A INTRIGA levantou a sobrancelha, intrigada, e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou:

CURIOSIDADE – Escondidas? Como é isso?

LOUCURA – É um jogo em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem e, quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo.

O ENTUSIASMO dançou, seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA salta tanto que convence a APATIA.

VERDADE – Para que é que eu me vou esconder se no fim todos me vão encontrar? Eu não quero jogar!

SOBERBA - Este jogo é muito tonto.

No fundo o que incomodava a SOBERBA era que a ideia não tivesse sido dela. A COVARDIA preferiu não arriscar.

LOUCURA – Vou começar! Um, dois, três …


A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que, como sempre, caiu atrás da primeira pedra do caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA escondeu-se atrás da sombra do TRIUNFO, que com o seu próprio esforço, tinha conseguido subir até à copa da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não se conseguia esconder, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum dos seus amigos – se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, (a generosidade) acabou por se esconder num raio de sol. O EGOÍSMO, pelo contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cómodo, mas apenas para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO no centro dos vulcões. O ESQUECIMENTO, esse não me recordo onde se escondeu.


LOUCURA – 999.999
AMOR – Ainda não encontrei um local para me esconder, já estão todos ocupados. Ah, está aqui um roseiral, vou esconder-me carinhosamente entre as flores.

LOUCURA – Um milhão!


E começou a busca. A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com Deus, no céu, sobre Zoologia. Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Por mero acaso, encontrou a INVEJA e, claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO. Ao EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo: ele saiu sozinho, disparado, do seu esconderijo, que na realidade era um ninho de vespas.

LOUCURA – (vai beber água e encontra a BELEZA) Ah, estás aqui BELEZA!


A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois encontrou-a sentada sobre uma cerca, sem decidir de que lado se esconder. E assim foi encontrando todos. O TALENTO entre a erva fresca, a ANGÚSTIA numa cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano) e até o ESQUECIMENTO de quem já se tinham esquecido que estava a brincar às escondidas.


LOUCURA – (Procura o AMOR por todo o lado) AMOR onde estás? Não te encontro em lado nenhum! AMOR? Não te encontro, daqui a nada desisto! … AHH está aqui um roseiral, vou pegar numa forquilha e mover os ramos!
AMOR – Aiiiiiiiiii! Os espinhos feriram os meus olhos!
LOUCURA – Desculpa, desculpa, desculpa, mil vezes desculpa. A partir de agora eu sou o teu guia para sempre, como forma de pedir perdão. Não me digas que não por favor! Não sei o que fazer… Sinto-me muito mal!



Moral da história: o AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.





(aula de português)

fevereiro 16, 2010

Conversas conclusivas.

- Hum?
- Hum?
- Hã?
- Hã?
- O quê?
- Não sei.
- Eu também não!

xDD

fevereiro 14, 2010

Constatação.

“De facto, todos os sentimentos não têm fim. Dou por mim a vasculhar entre as minhas coisas. Procurar as memórias que tinha perdido antes de me deixares.

De facto é bem clara na minha cabeça a tua estadia pelo meu coração e de facto a vida é uma incógnita e eu estou a viver no abismo dela.

E de facto, fazes falta.”
Volta.

Sometimes.

"Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizemos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, (...). Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último comboio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo. Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar. Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer."

 
Margarida Rebelo Pinto

fevereiro 08, 2010

Uma pequena pausa para comemorar as 100 visitas. Agradecida.


Gostava de sentir de novo o teu perfume. Gostava de rever a tua face para além dos meus sonhos. Gostava de voltar a ter as minhas gavetas atulhadas com as tuas coisas. Gostava de conseguir dizer tudo com uma só palavra. Gostava que fossemos só nós os três. Eu, tu e aquele banco de jardim. Oh! Como eu gostava daquele banco onde víamos as folhas cair e as flores nascer; onde sentíamos o vento a esvoaçar os nossos cabelos e o sol a fechar-nos os olhos; onde deixámos lágrimas e soltámos gargalhadas; onde víamos tudo com mais clareza e a vida nos passava ao lado sem darmos conta.
Gostava de parar o mundo e ficar ali para sempre. Envelhecer contigo, sentada naquele banco de jardim.

fevereiro 07, 2010

Ser - Parte II

Somos. Somos a cor, a vida, a música, a bebida, o passatempo, a imagem, a liberdade, a expressão, a alma, a vida.

Seremos. Um dia seremos quem nunca fomos. Um dia seremos um.

fevereiro 03, 2010

Ser – Parte I

És. És tudo o que quiseres ser. És o calor no Inverno ou a frescura no Verão. És a cor na sombra ou a sombra na cor. És o café pela manhã ou o chá pela noite. És a balada ou o rock. És a água ou o shot. És a diversão ou o tédio. És a inconveniência ou o sentido de oportunidade. És a ilusão ou a realidade. És o reflexo ou a pessoa. Mas és. És tudo o que quiseres ser. És e serás.

Sou. Sou tudo o que quiseres que seja. Sou a liberdade ou a dependência. Sou o branco ou o preto. Sou a alegria ou a dor. Sou a expressão ou a apatia. Sou o constante ou o inconstante. Sou o querer ou o não querer. Sou a alma ou o corpo. Sou a vida ou a morte. Sou para ti ou para mim. Mas sou. Sou tudo o que quiseres que seja. Sou e serei.

Talvez um dia.

“Podias ter-me dito que ias sair da minha vida. (…) Podias ter-me dito que querias conjugar o verbo desistir. Demorei muito tempo a aceitar que, às vezes, desistir é o mesmo que vencer, sem travar batalhas. Antigamente pensava que não, que quem desiste perde sempre, que a subtracção é a arma mais cobarde dos amantes, e o silêncio a forma mais injusta de deixar fenecer os sonhos. Mas a vida ensinou-me o contrário. Hoje sei que desistir é apenas um caminho possível, às vezes o único que os homens conhecem. Contigo aprendi que o amor é uma força misteriosa e divina. Sei que também aprendeste muito comigo, mais do que imaginas e do que agora consegues alcançar. (...) Não sei quando te voltarei a ver ou a ter notícias tuas, mas sabes uma coisa? Já não me importo, porque guardei-te no meu coração antes de partires.”

Margarida R. Pinto

fevereiro 01, 2010

Sonhos

Ter um sonho, um sonho lindo,
Noite branda de luar,
Que se sonhasse a sorrir...
Que se sonhasse a chorar...

Ter um sonho, que nos fosse
A vida, a luz, o alento,
Que a sonhar beijasse doce
A nossa boca... um lamento...

Ser pra nós o guia, o norte
(...)

Florbela Espanca


Dedicado ao autor(a) do blog "A Incerteza de um sonho" ♥

Expressão.

Querer não é poder. Gostar não é amar. Partir não é voltar. Noite não é luar. Estar não é sentir. Escutar não é ouvir. Falar não é dizer. É nada dizer. Silêncio.

janeiro 31, 2010

E sonho.

E eu volto a sentir que tudo não passou de um sonho… Um sonho que guardarei a sete chaves com todas as minhas forças tal como esse teu sorriso… Para que eu não volte a pensar que poderia passar disso mesmo… um sonho.

Memórias.

Com o tempo, tudo se transforma numa memória. Numa memória daquilo que foi, em tempos, o nosso presente. E todos os sentimentos que nos ligam a ela vão lentamente desaparecendo, até não existirem mais. Começamos a dar-lhe cada vez menos importância, a esquecermo-nos do porquê de ainda conservarmos aquela lembrança, o porquê de ela ter sido, um dia, especial para nós. E aí rimo-nos de nós próprios por termos sido tão ingénuos, pondo de parte tudo aquilo que perdeu o valor sentimental e já não nos diz nada... E olhamos a diante, sem agradecer ao passado por sermos quem somos hoje e sem repararmos que a memória, lentamente, desapareceu do mundo sem se despedir de quem, um dia, a criou e se lembrou dela.